- Drª Priscila Raso | Nutricionista
Sal rosa: verdades por trás de mentiras

É verdade que o sal rosa (ou sal do Himalaia) tem mais minerais que o sal refinado? Sim, é verdade. Mas, também é verdade que nossas necessidades diárias de vitaminas e minerais devem prover de alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais e proteínas vegetais e animais e não do sal! Consumir sal rosa NÃO AUMENTA DE FORMA SIGNIFICANTE SUA INGESTÃO DE MINERAIS! Possui apenas TRAÇOS de minerais como ferro, cálcio e magnésio.
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Você prefere o sal rosa por ele ser menos salgado que o sal refinado? Ele não pesa no seu orçamento? Então, tudo bem; mas, saiba que ele não tem um poder de salgue maior ou melhor que o sal refinado. Além disso, já existem diversos estudos que ressalvam que o consumo desse sal, não traz benefícios à saúde.
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Mas, por que ele tem mais minerais que o sal refinado? Porque ele não passa pelo processamento (refinamento) como o sal comum, ou seja, não existe perda de nutrientes por conta de processos químicos de limpeza e branqueamento. A presença desses minerais no sal comum pode afetar sua coloração e sabor, por isso acabam sendo eliminados. Já o sal rosa, por ter um nível de pureza mais elevado, não tem necessidade de passar por esses processos.
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Ambos possuem um teor muito parecido de sódio, porém não existe a adição de iodo no sal rosa, sendo esse essencial para prevenção do bócio (doença causada pelo aumento da glândula tireoide). No Brasil, o iodo deve ser adicionado ao sal comum para prevenção da doença.
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Independente de ser sal rosa, sal refinado, sal grosso, sal light... Qualquer sal deve ser usado com MODERAÇÃO.
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Segundo a OMS, devemos consumir no máximo 5g de sal/dia, então cuidado com a mãozinha na hora de temperar a carne, salada ou até mesmo deixar o saleiro disponível; seu consumo excessivo é um fator de risco para doenças cardiovasculares, principalmente a hipertensão.