- Priscila Raso
Bisfenol A

A descoberta de novos elementos químicos revolucionou os meios de produção e possibilitaram o desenvolvimento de produtos e novas tecnologias. Graças ao desenvolvimento da química orgânica e sintética, no século XX, os plásticos se tornaram presentes em nossa vida.
Pelo baixo preço e praticidade, logo começou a ser utilizado em grande escala em vários tipos de embalagens, porém um fator negativo era a fragilidade. Nesse cenário, surge a formulação do composto conhecido como Bisfenol A (BPA), que logo passou a ser utilizado na produção de plásticos em geral, e mais especificamente, de policarbonatos.
É um composto altamente tóxico ao nosso organismo. Ele é liberado gradativamente para os alimentos durante o processo de congelamento e/ou aquecimento dos recipientes que o contenham, porém com o aquecimento essa liberação é mais rápida.
Existem vários malefícios do BPA citados em literatura, como: a capacidade de afetar a liberação de insulina, alterações na ação dos hormônios da tireoide (T3 e T4) e até mesmo alterações no sistema nervoso. Também podem ter efeitos permanentes sobre a saúde como a diminuição de enzimas antioxidantes que foi observado em crianças que fizeram uso de mamadeiras com BPA, fertilidade, TDAH, ginecomastia, SOP, diabetes e câncer.
Um estudo do ano passado da Nature relata que os bisfenóis de substituição ao BPA (produtos “Bisfenol free”) que foram descobertos como contaminantes de laboratório, são tóxicos reprodutivos e seus efeitos podem ser refletidos por GERAÇÕES!!
Qual a solução? Primeiro, lembrar que o plástico de forma geral é um problema ambiental (não é só o canudinho, não viu?); segundo, substituir tudo possível por vidro.
A presença do BPA deve estar demonstrada na embalagem (normalmente na base das embalagens), onde aparece o triângulo símbolo da reciclagem e dentro dele sempre haverá um número; caso seja 3 ou 7, significa que tem BPA.
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